domingo, 27 de junho de 2010

Idade Média - História

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Feudalismo
- (conjunto das leis e costumes que regeram a ordem política e social numa parte da Europa, do fim da época carolíngia ao fim da Idade Média; consistia, de um lado, na predominância de uma classe de guerreiros, e, de outro, nos laços de proteção de homem a homem, dissimulando o desaparecimento da autoridade pública).


- Final do império decadente (romano), resulta na: servidão coletiva, pois faltava mão-de-obra. (base do feudalismo).

- Muitos, trabalhavam para os senhores feudais em busca de proteção, tornando-se servos destes.

(Aproveitando esse assunto sobre “trabalhar para senhores feudais”, devo ressaltar esta curiosidade).
Bom, como é de se esperar senhores feudais tinham muitos filhos, mas (como sempre) somente o mais velho teria direito a cuidar das terras do pai quando ele falecesse, então os outros filhos ficavam a mercê da própria sorte.
Mas, havia uma regra que, todos os filhos deveriam ser cuidados por outros senhores feudais para que fossem treinados para as guerras, batalhas e os obstáculos que enfrentariam há frente (uma maneira de não dar “arrego”). Ou seja, o filho mais velho, depois de passar pelo treinamento poderia voltar para casa e cuidar dos seus afazeres, mas ou outros, só tinham duas escolhas: ir para o clero ( o que era muito bom para a família, sendo privados de pagar impostos), ou tornarem-se vassalos dos senhores feudais por quem foram treinados, então, muitos tornavam-se vassalos por serem apegados os seus senhores (nota: um vassalo é submisso a seu susserano, nesse caso o susserano é o senhor feudal), e assim, lutavam por mais terras para que o pequeno pedaço de terra que recebiam de seu susserano prosperasse.

- Guerras, eram comuns para a conquista de novos territórios e saber quem era o mais forte.

- A manutenção da ordem era dada pela Igreja ( a mais poderosa e controladora). Mantém a unidade de valores.


Alta idade média e Baixa idade média.


- Instablidade: econômica e social;

- População se apoia na fé e no grupo;

- Surgem as lendas medievais;

- Disputas internas (Proteção física: Senhor feudal, Proteção do espírito: Igreja)

- Cruzadas, feitas para tomar jerusalém (8 cruzadas em nome da fé), no meio destas, roubavam e saqueavam coisas do Oriente. Assim, ocorreu um novo olhar sobre a Europa (pois, fascinaram-se com a beleza, cheiros e riqueza do Oriente);

- Avanços por buscas econômicas;

- Surgue a Burguesia (inicialmente um pequeno comércio de re-vendedores);
(A partir daqui começam a aparecer idéias renascentistas)

- Destaque para os homens que não tinham medo da Igreja, e diziam que era possível mudar o destino (Ex: Colombo e Martín);

- Homens superiores – indivíduo que constrói sua própria história;

- Jamais deixaram de acreditar em Deus, mas questionavam e usavam a razão;

- Com a baixa idade média, surge o renascimento (renascer das idéias);

De criatura para criador De fé para razão De coletivo para individual”.

- Questionamentos, desmentem a Igreja e são contra os dogmas (verdades absolutas);

- Pensar em si mesmo e fazer seu próprio destino;

- Crescimento das cidades e enriquecimento;

- Na baixa idade média (renascentista), vem com ainda mais força o pensamento individualista, surgindo assim a moda; (1350 aproximadamente, meados do século XIV)

- Quando bizâncio ruí (tomada pelos turcos othomanos) é o fim da Idade média.

''O Homem é a medida de todas as coisas.''



Tradição e Aristocracia na Moda.

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Sociedade sem Moda – Era da Tradição.


Característica principais das sociedades ditas sem Moda ( grega, romana, egípcia, mesopotâmica, cretense e bizantina).


- Legitimidade incontestável do legado ancestral;


- Valorização da continuidade social. Gerou regra da imobilidade, repetição de modelos herdados, conservadorismo da maneira de ser e parecer;


Expressão estética resultante da tradição.


- Há o comércio e trocas culturais e de produtos que provocam mudanças lentas nos trajes, mas de forma exógena (introduzida de fora, causas externas), constituindo uma nova regra, tradição;


- Surgimento de estamentos sociais, criando hierarquias cuja distinção firma-se na conotação sagrada de panos, cores, adornos e rituais; (algumas sociedades terão leis suntuárias para impedir o afrontamento da tradição em sua aparência).


- O adorno pessoal é reduzido, sem características de fantasias estéticas ou busca de efemeridades;


- O padrão estético continua firmado na tradição e impede a autonomia do “gosto”.


- Na elite havia jogs de composições e permutações, mas não inovação formal.


Ou seja, a partir destas informações resumimos que, nas sociedades de estado não havia moda como a que vivenciamos hoje e sim, uma cultura de distinção de classes - para que houvesse uma organização social -.
As vestimentas usadas naquela época eram iguais para praticamente todas as camadas populacionais, a diferença encontra-se, por vezes, no tamanho da roupa, no modo como ela é amarrada (ressaltando que, quanto mais amarres, dobras e volume de panos na roupa, mais nobre era a pessoa, afinal, quem conseguiria fazer trabalho brassal com quilos de tecido postos e sobrepostos por ombros, cintura ou indo até o chão?), nos adornos e nas cores. Tudo era questão de distinção, não havia competição ou desejo de mudança como a que vemos em nossa sociedade efêmera nos dias de hoje.
Mas, é claro que não podemos dizer: NUNCA houve mudanças. Mudanças só ocorriam quando um povo era conquistado pelo outro, assim havia a necessidade de adaptação de algumas questões na tradição e modo de vivência. Podemos ainda, destacar que essa época é também chamada de Era da Tradição, onde costumes, vestimentas, e religião faziam parte de uma única vertente envolta pelo seu povo.


Resumo de capitulo: “A moda e o ocidente: o momento aristocrático”. In: LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. pg 23 a 68.

- Houve mudanças no decorrer do tempo nas sociedades antigas, pois ocorreram conquistas, importações e contato entre diferentes povos, mas a mudança acaba sendo cristalizada em norma coletiva permamente: o princípio de imobilidade prevalece. O que existem são influências ocasionais ou relações de dominação.


- Não há sistema de moda senão quanto o gosto pelas novidades se torna um princípio constante e regular, quando funciona como uma exigência cultural autônoma: dessa forma pode-se organizar um sistema de frivolidades em movimento perpétuo, uma lógica do excesso, um reino do efêmero sistemático sem amanhã. Essa moda no sentido restrito não aparece antes da metade do século XIV, quando há o aparecimento de um vestuário novo, nitidamente diferenciado segundo os sexos: longos e justo para a mulher e curto e ajustado para o homem. A toga, longa e flutuante, usada por ambos os sexos durante séculos foi substituída: Gibão – jaqueta curta e estreita unida a calções colantes – para os homens; vestido justo, põe em evidência o busto, os quadris e a curva das ancas, além de alongar o corpo. Ambos os trajes exaltam os atributos femininos e masculinos. Há a reestruturação das silhuetas.



A moda do século XIV ao XIX – Era Aristocrática.


-> Séculos XIV ao XV – início da moda com a quebra da ancestralidade, individualização e valorização do presente e do novo.

- Trajes diferenciam-se conforme os sexos;

- Busca da auto-promoção, ou seja, o homem passa a se preocupar consigo mesmo.


-> Séculos XVI ao XVIII – desenvolvimento da burguesia. A riqueza produzia e os novos valores morais e sociais quebram com as leis suntuárias estabelecidas, e os estamentos deixam de existir para surgir as classes sociais.

- A aparência tem teor nacional e forte poder político;

- Os artesãos costureiros reproduzem a vestimentas ditadas nas cortes principescas;

- Capricho e artifício em desmedida para as roupas de ambos os sexos, mas principalmente para a masculina;

- Uso da moda como instrumento de representação e afirmação social da elite por meio de: sofisticações teatrais;

- A moda é extremamente individualizada.


-> Século XIX e XX – apogeu da sociedade burguesa e do narcisismo individualista.

- Preponderância da moda feminina, enquanto a masculina tornou-se mais discreta e sóbria;

- A moda instituiu-se como lógica social, produzindo junto com a burguesia e o estado moderno/liberal;

- A revolução democrática;

- Moda massificada, a partir da ata costura até a publicidade das grandes indústrias.




sábado, 26 de junho de 2010

Dress up Game - Estilos japoneses

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Monte sua própria Hime Gyru

Monte sua própria Gothic lolita, Punk lolita ou Visual Kei


Ganguro
(precursoras das Gyaru)

Yukata
Girl - vista-a para ir ao festival de hanabi!


Colegial
- Uniformes japoneses



Aqui alguns exemplos que montei:


























quarta-feira, 23 de junho de 2010

13° Encontro de Moda - Unisul

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Ocorrido nos dias 22 e 23, na sede da Unisul - Padre Roma, tivemos nosso 13° encontro de Moda, envolvendo desfiles, exposições de roupa, mostras de cinema (dos formandos do curso de cinema) e recitais de piano.

Como a minha fase é a primeira, não houve desfile, apenas exposição em manequins das roupas que criamos em TNT (material exigido) e outros produtos recicláveis.

A seguir, algumas fotos das criações da 1° fase matutina e noturna do curso de Moda.
Tema: Mcqueen em foco e um olhar sobre a biodiversidade.









(Na imagem: Busto criado por mim e minha dupla.
-Desenho final escolhido: meu.
-Técnicas de transformação têxtil (desenhos feitos a mão no tecido e prenssado duplo): minhas.
- Técnica "transfer" e desfiado: minha.
-Técnica ''babado'': escolhido pela professora, idéia de minha colega.
Finalização: costureira Etel.

























































































































































































segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cosplay

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(na imagem: Arc Bishop - Ragnarok Online)

Cosplay (em japonês: コスプレ, "Kosupure") é abreviação de costume play ou ainda costume roleplay (ambos do inglês) que podem traduzir-se por "representação de personagem a caráter", e tem sido utilizado no original, como neologismo, conquanto ainda não convalidado no léxico português, embora já conste doutras bases, para referir-se a atividade lúdica praticada principalmente (porém, não exclusivamente) por jovens e que consiste em disfarçar-se ou fantasiar-se de algum personagem real ou ficcional, concreto ou abstrato, como, por exemplo, animes, mangás, comics, videogames ou ainda de grupos musicais — acompanhado da tentativa de interpretá-los na medida do possível. Os participantes (ou jogadores) dessa atividade chamam-se, por isso, cosplayers


(na imagem: Freya - Chobits)

A história

Originalmente conhecido como masquerade, o cosplay NÃO foi criado no Japão. O primeiro cosplay conhecido foi criado por Forrest J. Ackerman em 1939 durante a primeira Worldcon, na companhia de Myrtle R. Douglas. Ele criou a veste chamada "futurecostume", enquanto ela criou uma versão do vestido do filme de 1936 "Things to Come". Desde então, tornou-se uma prática anual nas Worldcon, com concursos e atrações próprias, e mais tarde estendendo-se aos fãs de fantasia e quadrinhos. Os primeiros cosplays de mangá/anime registrados são posteriores aos anos 70, nos EUA. O fenômeno do cosplay chegou ao Japão na década de 80 pro meio de Nobuyuki Takahashi, que ficou surpreso com o costume ao visitar um Wordcon, que começou a incentivar a pratica no Japão pelas revistas de Ficção Científica. Tornou-se comum no Japão durante as Comic Markets do Japão (criadas em 1975), que se celebram em Odaiba (Tóquio), lugares de compra e venda de Dōjinshi. Esse evento prosseguiu desde então e se realiza regularmente. Lá, grupos de japoneses vestiam-se de seus personagens favoritos de mangás, animes, comics e videojogos. Assim pois, tal prática sempre tem sido muito relacionada com aqueles produtos. Contudo, com o passar do tempo, foi-se estendendo a outros domínios, em conceitos e culturas, ganhando foro internacional. Com a popularização do anime nos anos 90, o cosplay japonês tornou-se popular no mundo todo, tratando-se de caracterizações de personagens existentes, enquanto que os primeiros cosplays (estadunidenses) estendiam-se principalmente à criação de personagens, não somente se prendendo aos pré existentes.


Resumindo

Hoje no Brasil, cosplay é praticado entre otakus*, gamers, geeks ou nerds, as vezes por diversão (hobbie), ou ainda com o sonho de ganhar algum concurso e poder concorrer mundo afora, como por exemplo: ir para o Japão (sonho de todo otaku brasileiro). (Enquanto isso, a maioria das meninas sonham em ser uma cosplay model, ou cos. Doll). Mas, basicamente concentra-se em caracterizar-se exatamente como o personagem escolhido e participar dos eventos e concursos, o que eu considero algo divertido.


(na imagem: Rima touya - Vampire Knight)

*Otaku: (em japonês: おたく) é um termo usado no Japão para designar um fã por um determinado assunto, qualquer que seja. No imaginário japonês, a maioria dos otakus são indivíduos que se atiram de forma obsessiva a um hobby qualquer. No ocidente, a palavra é utilizada como uma gíria para rotular fãs de animes e mangás em geral, em uma clara mudança de sentido em relação ao idioma de origem do termo. Muitos membros da comunidade acham o termo ofensivo por não concordarem com a distorção de sentido do mesmo e se recusam a ser chamados assim. O termo é normalmente utilizado apenas dentro da comunidade de fãs de animês e mangás e de falantes do idioma japonês, sendo portanto desconhecido para o grande público.

Fonte: Wikipédia






Fotografias - Random

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Senti vontade de postar 3 fotos - um pouco antigas -, mas que simbolizam muito pra mim e são minhas preferidas (estas imagens praticamente falam por si só, me caracterizando).
:3~




















(comemoração dos 100 anos do Japão no Brasil - Liberdade).


















(Sinceramente, não sei o nome destas árvores, mas admiro-as pela beleza e mistura de cores. Próximo a Lajes -SC).


















(Foto tirada num dia de temporal em casa e escurecida com photoshop).




Egito Antigo - Parte 1 - História

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Um tanto inspirada hoje, trago de bom grado a vocês um "resumão" (dividido em partes), que usei como base em um seminário sobre o Egito na aula de História da Moda.
Para espertinhos do "ctrl+c e ctrl+v" creio que o post irá ajudar na sua nota baixa em história (isso, se você estiver no ensino fundamental), e para outros, desejo uma boa leitura e que possa servir como aprendizagem ou passa-tempo.


Período Pré-dinástico

(na imagem: mapa do antigo egito localizando a região do baixo egito, ao norte, e do alto egito, ao sul).

Os primeiros povoadores pré-históricos assentaram-se sobre as terras e planaltos formados pelos sedimentos que o rio Nilo havia depositado em seu curso. Os objetos e ferramentas deixados pelos primeiros habitantes do Egito mostravam sua paulatina transformação de uma sociedade de caçadores-catadores seminômades, em, agricultores sedentários. O período pré-dinástico abrange de 4000 AC a 3100 AC, aproximadamente.










Antigo Império
(na imagem: Templo de Karnak, hieróglifos).

Durante as primeiras dinastias construíram-se importantes complexos funerários para os faraós em Abidos e Sakkara. Os hieróglifos (escrita figurativa), forma de escrever a língua egípcia, encontravam-se então em seu primeiro nível de evolução e já mostravam seu caráter de algo vivo, como o resto da decoração.
Na III dinastia, a capital mudou-se para Mênfis e os faraós iniciaram a construção de pirâmides, que substituíram as mastabas como tumbas reais. O arquiteto, cientista e pensador Imhotep construiu para o faraó Zoser (2737 - 2717 AC) uma pirâmide em degraus de pedra e um grupo de templos, altares e dependências afins. Deste período é o famoso conjunto monumenral de gizé, onde se encontram as pirâmides de Queops, Quéfren e Miquerinos.
A escultura caracterizava-se pelo estilo hierático, a rigidez, as formas cúbicas e a frontalidade. Primeiro talhava-se um bloco de pedra de forma retangular, depois desenhava0se na frente e nas laterais da pedra a figura ou objeto a ser representado. Destaca-se dessa época a estátua rígida do faraó Quéfren (2530 AC)
A escultura em relevo servia a dois propósitos fundamentais, glorificar o faraó (feita nos muros dos templos) e preparar o espírito em seu caminho até a eternidade (feita nas tumbas).
Na cerâmica as peças ricamente decoradas do períod pré-dinástico foram substituídas por belas peças não decoradas de superfície polida e com uma grande variedade de formas e modelos destinadas a servir de objetos de uso cotidiano. Jás as jóias eram feitas em ouro e pedras semi-preciosas incorporando formas e desenhos de animais e vegetais.
Ao finalizar a VI dinastia o poder central do Egito havia diminuído e os governantes locais decidiram fazer as tumbas em suas próprias províncias, em lugar de serem enterrados perto das necrópoles dos faraós a quem serviam. Desta dinastia, data-se a estátua em metal mais antiga que se conhece do Egito uma imagem em cobre de Pepi I (2395 - 2360).







(na imagem: pirâmides de, Queops, Quéfren e Miquerinos)






Novo Império
(na imagem: pinturas decorativas da tumba de um sacerdote de Amon).

O novo imperio (1570-1070 AC) começou com a XVIII dinastia e foi uma época de grande poder, riqueza e influência. Quase todos os faraós deste período preocupavam-se em ampliar o conjunto de templos de Karnak centro de culto a Amon que se converteu, assim numdos mais impressionates complexos religiosos da história. Próximo a este conjunto destaca-se também o templo de Luxor.
A escultura naquele momento alcançou uma nova dimensão e surgiu um estilo cortesão no qual se combinavam perfeitamente a elegância e a cuidadosa atenção aos detalhes delicados. Tal estilo alcançaria a maturidade nos templos de Amenófis III.
A arte egípcia de Akhenaton refletia a revolução religiosa promovida pelo faraó que adorava Aton, deus solar, e projetou uma linha artística orientada nesta nova direção eliminando a imobilidade tradicional da arte egípcia. Deste período destaca-se o busto da rainha Nefertiti (1365 AC)
A pintura predominou então na decoração das tumbas privadas. A necrópole de Tebas é uma rica fonte de informação sobre a lenta evolução da tradição artística, assim como de excelentes ilustrações da vida naquela época.
Durante o novo império, a arte decorativa, a pintura e a escultura alcançaram as mais elevadas etapas de perfeição e beleza. Os objetos de uso cotidiano, utilizados pela corte real e a nobreza, foram maravilhosamente desenhados e elaborados com grande destreza técnica. Não há melhor exemplo para ilustrar esta afirmação do que o enxoval funerário da tumba (descoberta em 1992) de Tutankhamen.


Época tardia

Desse período, destacam-se os trabalhos de escultura em bronze, de grande suavidade e brandura na modelagem, com tendência a formas tomeadas. Os egípcios tiveram então contato com os gregos, alguns dos quais haviam servido em seu exército como mercenáros, e também com os judeus, através de uma colônia que estes tinham no sul, pert de Asuán.
A conquista do país por Alexandre Magno, em 332 AC e pelos romanos no ano 30 AC. Introduzui o Egito na esfera do mundo clássico, embora persistissem suas antigas tradições artísticas. Alexandre (fundador da cidade de Alexandria, que se converteu num importante foco de cultura helenística) e seus sucessores aparecem representados em relevo nos muros dos templos como se fossem autênticos faraós - e num claro estilo egípcio, e não clássico. Os templos construídos durante o período ptolomaico (helênio) repetem os modelos arquitetônicos tradicionais do Egito.




Egito Antigo - Parte 2 - Religião

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Hierárquia religiosa

(na imagem: sacerdotes de Amon).

Egito, local em que se formou uma das primeiras civilizações, que dava dava destaque à religião. Esta, era baseada na crença em vários deuseus, ou seja, uma religião politeísta. Cada sacerdote era conhecido como servo de Deus e os templos, eram ditos as casas de Deus.
Na estrutura clássica esses templos eram divididos em 3 áreas: o pátio, as salas hipóstilas (ou seja uma sala de colunas, mais ou menos imersa na escuridão, que antecedia outras salas onde se guardavam a mesa de oferendas e a barca sagrada) e o santuário. Já a estrutura sacerdotal definia-se como não centralizada, pois, cada deus possuía um grupo de homens e mulheres dedicados a seu culto exclusivo.
O clero egípcio estava estruturado de forma hierárquica. O rei(faraó) era o líder de todos os cultos egípcios, mas, este delegava o seu poder a outro homem devidamente preparado por Deus, o Sumo Sacerdote, que era o segundo na hierarquia, por sua vez seguido do terceiro e quartos sacerdote.
O grupo seguinte era o dos "pais divinos" e dos "puros". Existiam também os sacerdotes leitores, os que calculavam o momento ideal para realizar um determinada cerimónia através da observação do sol ("horólogos") e os que determinavam os dias fastos e nefastos ("horóscopos"). Finalmente, pode distinguir-se um grupo dedicado aos serviços de manutenção do templo (imiu-seté). Mulheres também trabalhavam nos templos muitas vezes sendo esposas dos sacerdotes e exercendo atividades como: cantoras, dançarinas e músicas.






















A vida após a morte

(na imagem: oferendas feitas ao mumificado).

A população encontrou nos cultos funerais uma maneira de expressão religiosa. A grande massa de textos mortuários, de fato, forneceu-nos muito do que sabemos sobre o Egito antigo, sobretudo na crença da vida após a morte. Os mortos eram frequentemente visitados pelas famílias que deixavam alimentos, bebidas, armas e artigos de higiene (tudo que lhes pudessem ser útil no outro plano).
Embora acreditassem piamente na vida após a morte, a ideia de passagem da vida na terra para a vida no outro plano era de algum modo obscura, e os conceitos complexos para qualquer um entender.
Os egípcios, no entanto, esperavam não prolongar a vida além do túmulo, mas sim, tornarem-se parte da vida perene da natureza. Os dois conceitos mais importantes da vida foram o Ka e o Ba.
O ka era a energia vital do indivíduo, que era criada na mesma altura em que se criava o corpo físico. Depois da morte, habitava no corpo mumificado do falecido ou em estátuas que o representavam de forma idealizada, necessitando de comida e de bebida para continuar a existir, sendo por isso, necessário que os vivos realizassem oferendas. Na arte, era geralmente representado como uns braços que se levantavam para cima.
O ba, por vezes traduzido como "alma", era representado como um falcão com cabeça humana. No momento da morte o ba deixava o corpo, podendo visitar os locais que o falecido conhecia ou viajar até às estrelas, mas à noite tinha que regressar ao túmulo. Devido ao fato de poder deslocar-se, o ba levava ao ka a energia que se encontrava nas oferendas.
Juntos eles representavam a transfiguração do ser.



















A mumificação

Na mumificação do faraó, haviam 5 sacerdotes que faziam a purificação do corpo, sendo um deles vestido de anúbis, o deus dos mortos. No processo de mumificação os orgãos internos eram retirados, começando pelo cérebro que era retirado pelo nariz quebrando-o, ou derretendo-o com um ácido. Em seguida um dos sacerdotes fazia uma marca vermelha na região do umbigo, simbolizando a saída da alma, então, outro sacerdote fazia uma incisão nesse local para tirar as víceras (a cavidade abdominal era limpa e lavada com vinho de palma e com substâncias aromáticas. O ventre era enchido com uma mistura de mirra e canela, sendo cozido). Todos os orgãos eram guardados em recipientes diferentes e recobertos por natrão (silicato de soda e alumínio) para serem conservados, após isso o corpo era banhado por perfumes para conserva-lo, além de ficar coberto por natrão durante setenta dias, de modo a desidrata-lo. Passado o tempo necessário, o corpo era lavado e envolvido em faixas de linho com resina, começava-se pelos dedos das mãos e dos pés, seguindo-se o envolvimento das extremidades, do tronco e da cabeça. Fazia depois um envolvimento geral de cima para baixo e outro de baixo para cima. Durante todo este processo eram recitadas fórmulas mágicas e colocados amuletos entre as faixas, como o Olho de Hórus e o "nó de Ísis".




































A Sala da Justiça

É o local onde o morto é julgado, lá, ele deveria fazer a chamada ''confissão negativa'', através da qual proclamava não ter roubado, matado, ou cometido adultérios. Então, seu coração era colocado sobre uma balança e pesado contra uma pena, o símbolo de Maet, se o peso fosse o mesmo era considerado inocente, caso contrário seria lançado a Ammut, o monstro parte leão, parte hipopótamo e parte crocodilo, que devoraria-o.
A alma justa entrava num local idílico; para os habitantes do Delta esse local eram os Campos Elíseos, onde a Primavera era eterna. Os mortos teriam um vida agradável, desempenhando a mesma função que tinham na terra.




Egito Antigo - Parte 3 - Arte e Arquitetura

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As pirâmides


A função das pirâmides era guardar o corpo e os objetos pessoais do mumificado pela eternidade, para isso elas eram muito bem construídas e trabalhadas para durarem tanto tempo. Uma curiosidade sobre as pirâmides é que elas estão na mesma posição que o cinturão de hórus.

A esfinge


Embora não se saiba muito sobre ela, estudos dizem que essa mistura de um leão com um homem que tem a função de proteger as pirâmides de qualquer ameaça.



















A Arte Egípcia


A arte egípcia surgiu a mais de 3000 anos AC, mas é entre 1560 e 1309 AC que a pintura Egípcia se destaca em procurar refletir os movimentos dos corpos e por apresentar preocupação com a delicadeza das formas.
Os egípcios ao esculpir e pintar tinham o propósito de relatar os acontecimentos de sua época, as histórias dos Faraós, deuses do seu povo em menor escala, já que as pessoas não podiam ser representadas ao lado de deuses e nem dentro de templs. Provavelmente eles não tiveram intenção de nos deixar a ''arte'' de seus criadores.

























As características gerais da arquitetura egípcia são
:

- solidez e durabilidade
;

- sentimento de eternidade; e - aspecto misterioso e impenetrável

Os valores dos egípcios eram eternos e estáveis. Suas leis perduraram cerca de 6000 anos. O faraó representava junto aos deuses e os deuses junto aos homens, assim como era responsável pelo bem-estar do povo, sendo considerado também como um próprio Deus.









A arte e a arquitetura do Egito

Edifícios, pinturas, esculturas e artes aplicadas do antigo Egito, da pré-história à conquista romana no ano 30 AC
A história do Egito foi a mais longa de todas, as civilizações antigas que floresceram em torno do mediterrâneo, estendendo-se, quase sem interrupção, desde aproximadamente o ano 3000 AC até o século IV DC.
As pirâmides tinham base quadrangular, eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar a dim de que seu influzo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia das na câmara funerária local onde estava a múmia do farao e seus pertences.
Queóps é a maior das três pirâmides, tinha originalmente 146 metros de altura, um prédio de 48 andares. Nove metros já desapareceram, graças principalmente à ação corrosiva da poluição vinda do Cairo. Para erguê-la, foram precisos cerca de 2 milhões de blocos de pedras e o trabalho de em mil homens, durante 20 anos.
Todas as manifestações artísticas estiveram basicamente a serviço do estado, da religião e do faraó, considerado como um deus sobre a terra. Desde os primeiros tempo, a crença numa vida após a morte ditou a norma de enterrar os corpos com seus melhores pertences para assegurar seu trânsito na eternidade.


Tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel:

















- Palmiforme -
flores de palmeira
- Papiforme - flores de pairo
- Loliforme - flor de lótus

A regularidade dos ciclos naturais, o crescimento e a inundação anual do rio Nilo, a sucessão das estações e o curso solar provocava o dia e a noite, que foram considerados como presentes dos deuses às pessoas do Egito. O pensamento, a cultura e a moral egípcia era baseada num profundo respeitro pela ordem e pelo equilíbrio. A arte pretendia ser útil, não se falava em peças ou obras belas, e sim em eficazes ou eficientes.




Espero que estes posts tenham sido de alguma utilidade, seja para um trabalho de aula, ou apenas por diversão. Obrigada.