segunda-feira, 21 de junho de 2010

Egito Antigo - Parte 1 - História

Um tanto inspirada hoje, trago de bom grado a vocês um "resumão" (dividido em partes), que usei como base em um seminário sobre o Egito na aula de História da Moda.
Para espertinhos do "ctrl+c e ctrl+v" creio que o post irá ajudar na sua nota baixa em história (isso, se você estiver no ensino fundamental), e para outros, desejo uma boa leitura e que possa servir como aprendizagem ou passa-tempo.


Período Pré-dinástico

(na imagem: mapa do antigo egito localizando a região do baixo egito, ao norte, e do alto egito, ao sul).

Os primeiros povoadores pré-históricos assentaram-se sobre as terras e planaltos formados pelos sedimentos que o rio Nilo havia depositado em seu curso. Os objetos e ferramentas deixados pelos primeiros habitantes do Egito mostravam sua paulatina transformação de uma sociedade de caçadores-catadores seminômades, em, agricultores sedentários. O período pré-dinástico abrange de 4000 AC a 3100 AC, aproximadamente.










Antigo Império
(na imagem: Templo de Karnak, hieróglifos).

Durante as primeiras dinastias construíram-se importantes complexos funerários para os faraós em Abidos e Sakkara. Os hieróglifos (escrita figurativa), forma de escrever a língua egípcia, encontravam-se então em seu primeiro nível de evolução e já mostravam seu caráter de algo vivo, como o resto da decoração.
Na III dinastia, a capital mudou-se para Mênfis e os faraós iniciaram a construção de pirâmides, que substituíram as mastabas como tumbas reais. O arquiteto, cientista e pensador Imhotep construiu para o faraó Zoser (2737 - 2717 AC) uma pirâmide em degraus de pedra e um grupo de templos, altares e dependências afins. Deste período é o famoso conjunto monumenral de gizé, onde se encontram as pirâmides de Queops, Quéfren e Miquerinos.
A escultura caracterizava-se pelo estilo hierático, a rigidez, as formas cúbicas e a frontalidade. Primeiro talhava-se um bloco de pedra de forma retangular, depois desenhava0se na frente e nas laterais da pedra a figura ou objeto a ser representado. Destaca-se dessa época a estátua rígida do faraó Quéfren (2530 AC)
A escultura em relevo servia a dois propósitos fundamentais, glorificar o faraó (feita nos muros dos templos) e preparar o espírito em seu caminho até a eternidade (feita nas tumbas).
Na cerâmica as peças ricamente decoradas do períod pré-dinástico foram substituídas por belas peças não decoradas de superfície polida e com uma grande variedade de formas e modelos destinadas a servir de objetos de uso cotidiano. Jás as jóias eram feitas em ouro e pedras semi-preciosas incorporando formas e desenhos de animais e vegetais.
Ao finalizar a VI dinastia o poder central do Egito havia diminuído e os governantes locais decidiram fazer as tumbas em suas próprias províncias, em lugar de serem enterrados perto das necrópoles dos faraós a quem serviam. Desta dinastia, data-se a estátua em metal mais antiga que se conhece do Egito uma imagem em cobre de Pepi I (2395 - 2360).







(na imagem: pirâmides de, Queops, Quéfren e Miquerinos)






Novo Império
(na imagem: pinturas decorativas da tumba de um sacerdote de Amon).

O novo imperio (1570-1070 AC) começou com a XVIII dinastia e foi uma época de grande poder, riqueza e influência. Quase todos os faraós deste período preocupavam-se em ampliar o conjunto de templos de Karnak centro de culto a Amon que se converteu, assim numdos mais impressionates complexos religiosos da história. Próximo a este conjunto destaca-se também o templo de Luxor.
A escultura naquele momento alcançou uma nova dimensão e surgiu um estilo cortesão no qual se combinavam perfeitamente a elegância e a cuidadosa atenção aos detalhes delicados. Tal estilo alcançaria a maturidade nos templos de Amenófis III.
A arte egípcia de Akhenaton refletia a revolução religiosa promovida pelo faraó que adorava Aton, deus solar, e projetou uma linha artística orientada nesta nova direção eliminando a imobilidade tradicional da arte egípcia. Deste período destaca-se o busto da rainha Nefertiti (1365 AC)
A pintura predominou então na decoração das tumbas privadas. A necrópole de Tebas é uma rica fonte de informação sobre a lenta evolução da tradição artística, assim como de excelentes ilustrações da vida naquela época.
Durante o novo império, a arte decorativa, a pintura e a escultura alcançaram as mais elevadas etapas de perfeição e beleza. Os objetos de uso cotidiano, utilizados pela corte real e a nobreza, foram maravilhosamente desenhados e elaborados com grande destreza técnica. Não há melhor exemplo para ilustrar esta afirmação do que o enxoval funerário da tumba (descoberta em 1992) de Tutankhamen.


Época tardia

Desse período, destacam-se os trabalhos de escultura em bronze, de grande suavidade e brandura na modelagem, com tendência a formas tomeadas. Os egípcios tiveram então contato com os gregos, alguns dos quais haviam servido em seu exército como mercenáros, e também com os judeus, através de uma colônia que estes tinham no sul, pert de Asuán.
A conquista do país por Alexandre Magno, em 332 AC e pelos romanos no ano 30 AC. Introduzui o Egito na esfera do mundo clássico, embora persistissem suas antigas tradições artísticas. Alexandre (fundador da cidade de Alexandria, que se converteu num importante foco de cultura helenística) e seus sucessores aparecem representados em relevo nos muros dos templos como se fossem autênticos faraós - e num claro estilo egípcio, e não clássico. Os templos construídos durante o período ptolomaico (helênio) repetem os modelos arquitetônicos tradicionais do Egito.




0 comentários:

Postar um comentário